Filosofia

Um Forte Desejo de Transformar

Por: Deivison Nicolau

Para muitos o gosto pela filosofia nasce de um simples ato de questionar-se, e este ato é provocado por uma série de situações e provavelmente são únicas em cada ser humano que se propõe a fazer perguntas. No entanto questiona-se, hoje em dia, sobre o valor que a filosofia tem, a sua relação com o mundo capitalista, as formas de vida, o inteirar-se intimamente das perguntas do cotidiano, a vida e seus verdadeiros sentidos, o fato absoluto das coisas e a arte de filosofar.
Trata-se aqui de um verdadeiro arsenal de informações, que é necessário indagar-se continuamente a respeito dos assuntos ditos acima, porque o mundo capitalista exige uma postura de cada indivíduo perante os fatos que ocorrem e cabe a todos um parecer o que acontece são atos de indiferença ou admiração, mas é necessário uma reação. Há filósofos em anonimato que levantaram e até hoje levantam questões, que à séculos perseveram sem respostas, e, acredita-se continuar sem respostas, sito o anonimato, porque há muita coisa boa sendo produzida longe das universidades e espaços acadêmicos como aqueles que criam-se pela vida um exemplo são os inúmeros poetas. Claro existe grandes nomes e autores que vêm contribuindo com o saber, formulando novos questionamentos, refutando antigas ideias, enfim estão sempre recriando o ato de filosofar, já que a filosofia não se aprende e sim o que se aprende é o ato de filosofar, segundo Kant.
No cotidiano das pessoas implica-se muitas questões, que precisam ser revistas, como por exemplo: os cientistas todos os dias descobrem novas maneiras de reinventar o que já existe como o caso da célula sintética que foi criada em laboratório nos EUA, passo importante para descobertas na medicina e um forte avanço para toda ciência e tal avanço vai se desdobrar em questões éticas e filosóficas. Caso semelhante é a nanotecnologia que já tem feito coisas surpreendentes em todo mundo, contribui tanto para a industria farmacêutica quanto para as industrias alimentícias e etc, as culturas de sustentabilidades emergentes em todos os países. Assim não se sabe ao certo onde se vai chegar com tantas mudanças no espaço cotidiano e na forma de pensar a sociedade e todas as demais questões relacionadas a ela. Mas a filosofia irá questionar, o filosofo vai usar com abundância aquilo que faz e que busca fazer: filosofar.
      Os questionamentos virão porque estabeleceu-se necessário, porém surge a questão: caso tais mudanças ao invés de melhorarem o meio ambiente, ou seja, todo espaço onde se desenvolve a vida, incluindo todas as atividades do homem, dos animais e vegetais. Portanto, a água, o ar, o solo, as florestas, os sertões, os animais, os rios, as montanhas, as pedras, as cavernas, o vento, a areia e também o homem com suas casas, estradas e cidades isso tudo que compõem o meio ambiente, e sim causar mais dano, degradação das suas áreas o ato de questionar resolverá está questão? Entretanto o trinômio entre ver, julgar e agir andam juntas, porque certamente o julgamento pode se tornar inválido. Filósofos e filosofia correm o risco de, apenas, ver e julgar o que está sendo feito, as realidades do cotidiano, mas o pior ainda estar por vir a questão ensejada aqui é a de atingir as verdadeiras pessoas, aquelas que de fato, necessitam de transformação e melhorias tanto em sua forma de pensar como na sua forma de agir, sendo assim existe responsabilidades por trás da filosofia e para todos aqueles que a estudam ou almejam estudar é saber como contribuir proficuamente na sociedade em termos gerais para dar resultados sólidos e aprendizados duradouros, levantar questões pode tornar -se algo muito corriqueiro, um exemplo disso é o fato de que até crianças quando são questionadas dão respostas às perguntas, mesmo sendo nas formas mitológicas e/ou imaginárias, ao passo que quando se refere aos adultos querem sempre questionar e analisar, mas deixam o mais importante que seria o ato de labutar ver o que está acontecendo e ir para as funcionalidades das coisas, para o imediatismo, para o que é necessário buscar as respostas necessárias e resoluções para essas questões e isso dentro dos muros da filosofia, dentro dos muros acadêmicos e universitários.

Muros que são simbolizados pelo afastamento das grandes realidades mundiais distância que torna-se nítida, visto que as ideias de alienação é sentida dentro das universidades, centros de formação e lugares que seriam fontes de sabedorias transformam-se em mini-passarelas da exibição de roupas e marcas, lugar da prepotência exacerbada e o inconformismo controlado. Acredita-se que nas universidades e faculdades deve-se haver a abertura da mente, a construção da opinião a postura imediata aos fatores que modificam a sociedade de maneira geral. Não obstante tudo pode se transformar em festa, ou motivos de se vangloriar pelo posto elevado por fazer parte de um posto privilegiado da sociedade que é o âmbito estudantil e na verdade fazer parte de um grupo que se aliena é o mesmo que está junto dos menos abastados da sociedade e não poder fazer nada para modificar. Questiona-se a atuação da TV enquanto programas fabulosos, novelas, desenhos, reality shows entre outros. O modo de organização e o poder sobre as massas, mas o mínimo não está sendo feito que é a postura coerente àquilo que se prega.
Pode ser um pouco deprimente e também confessional o que está relatado acima, mas que seja, pois o risco da contradição pode ocorrer sem precedentes. Acreditar em valores é fácil, no entanto fazer cumprir e viver os mesmos pode ser tarefa difícil. A filosofia, de fato, pode-se imortalizar, mas ela também pode ser esquecida. O ato de filosofar pode ser tomado nas mais belas questões, mas também pode cair no vazio e na falta de sentido, nota-se uma deficiência no saber quando ele não é passado adiante, o tempo já não vai lento tanto quanto antes ia, as incertezas já se tornam certezas, os desastres já não são mais especulações e sim fatos concretos vividos, as questões cuja validade é contingente acaba por contaminar as mentes de perguntas sem respostas imediatas. Deixar que as fatalidades ocorram dentro da sociedade é fazer como aqueles que utilizam da indiferença a resposta mais cabível e antirracional por defender muitas vezes os interesses próprios e a vontade individual. Acredito na filosofia acredito no ato de filosofar, mas também acredito nas ações transformadoras que cada ser na sua mais simples realidade pode acrescentar na esfera do pensamento coletivo e humanitário.


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