Brasil: números, violência e um futuro pela frente!
Manifestante participa de ato contra violência policial no Rio de Janeiro, no domingo, 31 de maio. Mauro Pimentel (APF). |
Segurança Pública o Brasil ocupa a 16ª cadeira entre os países mais violentos do mundo e a população preta é a mais afetada, “cerca de 27,4 mortes a cada grupo de cem mil habitantes”, segundo o relatório Global Peace Index (GPI) de 2021.
A violência como fundamentada pela pesquisa observa que a maioria dos confrontos, os quais foram responsáveis pela posição do país neste ranking é causada por traficantes e facções criminosas. Mas vale ressaltar alguns casos onde a violência usada pelas forças constituídas em defesa da população como a Polícia Militar (PM) e Guardas Metropolitanos extrapolaram a maneira de suas abordagens usando de truculência para conter ou resolver algum problema. Na cidade de Itabira, interior de Minas Gerais, uma senhora com bebê no colo foi imobilizada e jogada ao chão por policiais da PM, na sequência um dos policiais aponta uma arma em direção a um homem indignado com o caso. O ocorrido foi noticiado pelo jornal da região, Itatiaia, o qual exibiu uma nota da Polícia Militar (PM) que justificou a ação, pois segundos eles a mulher e seu companheiro eram acusados de portar uma arma de fogo ilegal.
Neste caso específico, a cidade tem aproximadamente 140 mil habitantes e o ocorrido comoveu inúmeras pessoas e foi noticiado em rede nacional. Colocando um zoom no caso, vale destacar um texto disponível no site “Nós, mulheres da periferia” onde a pesquisadora Luciene Santana afirma que a militarização da polícia deveria proteger a população, mas, ironicamente, baseada no artigo 144 da Constituição Federal afirmou: “a Polícia deve proteger a população”, na sequência ela questiona se o papel dos organismos de segurança serve, de fato, para proteger? quando não o uso demasiado de armas é o maior causador das mortes. Santana afirma que um dos objetivos, indiretos, é criminalizar a pobreza, a negritude e alimentar o que ela costuma dizer ser uma máquina de morte.
Las Mismas Leyes, Los Mismos Derechos. Tradução: As mesmas Leis, Os mesmos direitos. |
As quedas ocorreram em todas as regiões do Brasil exceto na região Norte, onde passaram de 5.758 em 2020 para 6.291 no ano seguinte.
Foto Arquivo Pessoal Manifestão na Paulista |
Quando o acesso à educação, à saúde, ao saneamento básico, à profissionalização da mão-de-obra atingir no mínimo 98% dos lares brasileiros o futuro sonhado na letra de Renato Russo terá fundamento. Mas enquanto não, resta aos mais esclarecidos levar luz e oportunidades a todos que pensam de forma diferente e estão dispostos a fazer o seu melhor contribuindo de maneira indiscriminada para um país melhor.
Links das imagens:
Imagem: Parem de nos Matar - https://brasil.elpais.com/brasil/2020-06-02/mortes-em-operacoes-policiais-aumentam-no-brasil-apesar-da-quarentena.html <Acesso em 06 de Jul. de 2022.>
Imagem: Las Mismas Leyes, los mismos derechos - https://vocesfeministas.mx/nuevo-leon-diputado-quiere-prohibir-eventos-de-igualdad-lgbt/ <Acesso em 06 de Jul. de 2022,. >
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