A pátria da Agonia

“Descontente e desesperadamente eu grito em Português”
Belchior

Palácio do Planalto - Brasília. 
Ainda me pergunto o porquê da escolha dos brasileiros a um candidato de extrema direita, como o Jair. Pergunto-me se realmente faz sentido aceitar todas essas coisas contra a nação, desde a permissão das queimadas à floresta Amazônia, submissão aos Estados Unidos e aos ataques contra os trabalhadores. Porém parece que há uma estratégia por trás de tudo isso. Questionei a Deus: “meu Deus qual o motivo de tanto dissabor entre meus irmãos brasileiros”? que foram contra um candidato que além de mestre na maior universidade do país, USP, é doutor em outras áreas do saber... Trocaram um professor acadêmico por um filho rebelde da ditadura, que não consegue sequer conduzir um diálogo coerente com seus mais próximos.
Acredito que assim como no Brasil e no mundo existem diversas correntes ideológicas com objetivos claros afim de financiarem mecanismos que podem de fato manipular os acontecimentos como: as redes sociais, fakenews, o mercado internacional, a mídia e outros. Tanto que um amigo após uma publicação minha sobre as queimadas à floresta entrou em contato via Whatsapp e disse muitas coisas a respeito das estranhezas do Brasil e no mundo.
O líder religioso, Chico Xavier – in memoriam -  previu a data limite, a qual segundo suas informações mediúnicas Jesus dera 50 anos a Terra para entrar no “eixo” (do humano e da paz), suas previsões diziam que no dia: 19 - jun.- 2019, o mundo, a partir disso viveria em harmonia e todos poderiam desfrutar da cura de doenças, haveria acordos de paz internacionalmente. Porém ainda não ocorreu nada disso. Na realidade, Chico estava errado? Previsão perigosa à sua carreira, pois arriscou dizer sobre o final dos tempos. Mas isso é assunto religioso exposto pelo desespero, comum por aqui. Atualmente ao andar pelas ruas, nos transportes públicos, nas praças, nas igrejas, nos encontros, nos bares, nos bate-papos depara-se com dor, ou piadinha sem graça, triste e lamentável.
Operários - Tarsila do Amaral - 1933
É visível a tristeza dos brasileiros. Muitas vezes, induzidos pela mídia, forçados a sucumbir pela quantidade de pobres-miseráveis nas ruas, outra observação importante é a massa de pessoas que estão desempregadas e desalentadas. Fatos notáveis na maior cidade do país, São Paulo. O desemprego no ano de 2016 foi de 30 milhões, hoje passa do 55 milhões de desempregados, mesmo com vagas disponíveis. Outro fator importante é a pachorra que o IBGE publicou no dia 30/08, segundo eles a “taxa de desocupação caiu de 12,5% para 11,8%” e 12,6 milhões ainda buscam emprego. Pergunta-se e o restante que não aparece nos mecanismos de pesquisa? Entendemos esta realidade como um fator paliativo sobre os números reais, na verdade muitos números estão sendo escondidos da sociedade. Pois, o Brasil é um gigante autossuficiente que ainda não entendeu que ele pode, e pode muito. A estratégia é exonerar quem é do contra esse dEsGoVeRnO, percebe-se isso depois da onda de demissões aos cargos de presidentes e diretores de inúmeras estatais.
Gostaria de entender o arranjar das coisas como um passe mágicas. Talvez esse é meu desejo desde a adolescência. “Arrumar” o quintal, ajudar os meus irmãos, incluir os excluídos, os diversos sexos e orientações, as diversas cores, acreditar na festa Junina e Julina, acreditar no “fank”, no sertanejo, no axé, no samba, na MPB... No bem dos nossos artistas ao expressar através da arte o amor brasileiro, mesmo que sejam obrigados a se calar diante da realidade política devido as gravadoras e empresários, por fim, deixar de lado as séries de TV Americana, os filmes de tanta ação, os quais fazem da vida sem ação. Contudo, a ideia é fazer o povo lutar pelos reais direitos. Parece uma grande oportunidade: ir às ruas, parar o trabalho e protestar.
Tentam amputar as raízes do BRASIL para nos enfeitar de cores fortes ao invés das alegres.  Verde e amarelo é apenas uma tentativa de expressar ao mundo a alegria que existe de um presidente que tenta seguir a agenda internacional. Nossas riqueza culturais, minerais e artísticas estão sendo deixadas de lado para uma cultura porca e avassaladora. Somos uma nação que aos poucos tem provado dos dissabores dos deveres que deixamos de cumprir no passado. A quantidade de aprovações a agrotóxicos para nossas plantações, um drama social se instalando aos poucos, mortes, depressão, violência, criminalidade, a degradação total do ser humano. Muito triste, agora a recessão econômica, tabloides infestados de falácias e babaquices. 

Como isso acontece a um país Continental, rico de material humano, artístico, mineral e cheio de riquezas?

Imagem: Google Earth @googleinc
Iludidos pela hipocrisia farisaica dos tempos atuais, elegemos o inelegível. Através da Cruz acreditam na volta de Cristo, e “Ele” ainda não voltou... Buscam o normal: homem e mulher e expressam o desejo enrustido a seus próprios colegas de trabalho. Santa e maldita hipocrisia. Santa e medíocre religião. Santo e medíocre pensamento segregador da realidade. 
Neste contexto. Deposita-se tanta certeza, tanta fé no NADA no ridículo. Os terreiros ainda tem muito a dizer, as procissões ainda falam ao coração. Os amigos , ainda nos amam mesmo através da distância. Geralmente onde se tem pouco dinheiro, há fraternidade. Onde tem pouca ostentação, há aconchego. Onde há pouco amor próprio, encontra-se personalidade em abundância. Esse é o Brasil. Avante!

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