Das gotas lembranças

Das chuvas que precipitaram nestes dias de verão deste outubro que finda

ficou para mim a lembrança do perfume das flores,

que com suas pétalas espalhadas pelo chão,

foram maceradas por inúmeros pés, na carreira cotidiana

das convenções sociais impregnadas de tal forma ao hábito humano,

que fica cada vez mais difícil segrega-la.

A sutileza com que as estações se revezam neste mundo diverso

em sua forma e essência,

faz a gente acompanhar o ritmo imposto sem que tenhamos muita noção dos questionamentos,

que precisam ser feitos, mas se dissipam com os primeiros raios do sol

que sorve com seu intenso calor as raras gotas que tentam resistir

para termos noção de que existem as lembranças.